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Vivemos na Era da Informação, onde uma série de dados pode ser muito valiosa e, dessa forma, chamar a atenção de diversos criminosos. Os crimes virtuais no Brasil são cada vez mais comuns e várias empresas já sofreram com o ataque de hackers.

O objetivo dos cibercriminosos são vários, mas o mais comum é a obtenção de vantagens financeiras ao chantagear de alguma forma as empresas, que, para evitar que seus dados se percam, muitas vezes cedem aos pedidos dos hackers.

Por isso, no post de hoje, vamos mostrar quais as principais armas utilizadas pelos cibercriminosos e quais as atitudes que você pode tomar para se proteger dessas investidas. Se você tem interesse nesse assunto, continue conosco e confira!

Crimes virtuais

Os crimes virtuais são aqueles realizados por meio da internet, utilizando, para isso, dispositivos tecnológicos. Com o aumento da dependência da tecnologia pelas empresas, aumentam também as vulnerabilidades que podem ser exploradas pelos cibercriminosos em suas ações.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de segurança digital PSafe, entre o segundo e terceiro trimestres de 2017, ocorreu um aumento de 44% nos ataques cibernéticos no Brasil.

Os dados confirmam a importância de se proteger contra esse tipo de investida virtual que vem prejudicando muitas instituições, independentemente do tamanho ou ramo de atividade delas.

Os cibercriminosos podem realizar ataques aleatórios, mas também existem organizações especializadas em ataques coordenados e que agem de forma consciente contra uma determinada empresa.

Com o aumento de oportunidades para esses criminosos, estamos vendo o surgimento de sindicatos e organizações especializadas em realizar ataques, ou até mesmo que vendem ferramentas para usuários menos experientes, criando um verdadeiro negócio.

Consequências

A principal consequência dos crimes virtuais são os prejuízos causados pela destruição de dados importantes ou pela simples interrupção dos serviços da corporação, que se vê impedida de continuar operando.

Outro ponto que pode ser muito prejudicial para as companhias é o vazamento de dados confidenciais de clientes. A Equifax, uma das três principais empresas de análise de crédito dos EUA, sofreu um ataque e teve os dados de cerca de 143 milhões de clientes vazados em julho de 2017.

O impacto negativo de um evento como esse pode encerrar as operações de um negócio rapidamente, devido à perda de confiança do mercado em sua capacidade de manter os dados confidenciais seguros.

Podemos entender que são duas as principais perdas para as empresas, um enfraquecimento de sua imagem no mercado e um impacto financeiro negativo em suas contas.

Além disso, corre-se o risco de processos por parte de usuários e clientes que tiveram suas informações confidenciais vazadas por falta de cautela da empresa, gerando ainda mais problemas.

Principais tipos de ataque

Existem vários artifícios que são utilizados pelos hackers na hora de realizar um ataque virtual. A maioria deles baseia-se em vulnerabilidade de hardware, de software ou de peopleware. Vamos listar, a seguir, algumas das principais armas dos cibercriminosos. Acompanhe!

Phishing

Esse termo, que, em uma tradução livre do inglês, significa pescaria, é um dos mais comuns. A sua simplicidade de implementação por parte do hacker justifica a preferência dos criminosos.

Ele consiste no lançamento de uma “isca” para o usuário, que será ludibriado para entregar uma série de dados, como senhas de banco, de e-mails, além de fotos e vídeos de cunho pessoal. Essas informações poderão ser utilizadas posteriormente pelo responsável pela ação.

Ransomware

Famoso nos últimos tempos devido a grandes ataques, o ransomware é um malware projetado para realizar o sequestro de informações de um computador. Ao infectar a máquina, o software malicioso realiza a criptografia de todos os dados e a senha para liberação só é entregue caso o usuário realize um pagamento, geralmente feito em Bitcoins para evitar o rastreio dos criminosos.

O WannaCry, ocorrido em 2017, foi um dos principais ataques de ransomware já registrados. Ele causou uma série de prejuízos não só para empresas, mas também para diversos órgãos governamentais de muitos países, que também tiveram suas máquinas infectadas.

DDoS (Distributed Denial of Service)

Esse tipo de ataque, conhecido em português como ataque distribuído de negação de serviço, é bem comum e simples de ser orquestrado. Seu principal objetivo é causar uma interrupção nos serviços da empresa por meio de uma sobrecarga de acessos.

Para aplicá-lo, os criminosos utilizam um sistema que emula milhares de requisições ao servidor por segundo, tornando impossível o atendimento de todas, fato que inviabiliza o seu funcionamento.

Outros tipos de ataque

Existem ainda outros tipos de ataque que não são direcionados diretamente aos dados de uma empresa, mas que também são altamente prejudiciais. Eles são praticados em redes sociais e outras plataformas utilizadas pela organização.

São formas de denegrir a imagem do negócio na rede e podem trazer muitas consequências negativas para a empresa, que tem de se defender da investida de vários hackers.

O aumento desse tipo de crime no Brasil se deve, principalmente, a falta de punibilidade por parte do Estado e o anonimato pelo qual o hacker está protegido na rede. Veja quais são as principais ocorrências a seguir.

Calúnia

O ato de inventar notícias e informações falsas sobre alguém ou organização. Essas histórias inverídicas podem prejudicar a imagem de uma empresa no mercado, atingindo milhares de consumidores em poucos minutos com compartilhamentos em aplicativos de mensagens.

Insultos

Os insultos são muito comuns na web e em páginas de empresas, que costumam ser abertas para a troca de informações com os consumidores, esse tipo de comportamento pode levar ao mal-estar na comunidade.

Apologia ao crime

Hackers costumam dividir seu conhecimento com outras pessoas e incentivá-las a utilizá-lo para o mal, seja na invasão de dados confidenciais de empresas ou na simples destruição de informação. Esse incentivo também é crime.

Difamação

A difamação também é outra atitude que pode prejudicar a imagem de uma empresa no mercado. Por exemplo, ao ligar uma organização a um escândalo de corrupção, os consumidores terão uma visão negativa do negócio, impactando em seus resultados e receita.

Divulgação de material confidencial

A própria divulgação de dados roubados ou obtidos de outra forma escusa na internet já confere crime e todos os envolvidos podem ser responsabilizados, não apenas quem obteve a informação, mas também quem divulgou.

Atitudes a tomar

A primeira atitude a ser tomada ao sofre qualquer dos crimes descritos acima é informar a situação a todos os clientes e usuários que podem ser afetados indiretamente pela ação dos criminosos.

Em seguida, é preciso procurar uma delegacia para a realização do BO, boletim de ocorrência, o documento que inicia o inquérito policial que buscará identificar os envolvidos e responsáveis.

Já existem, hoje, diversas delegacias especializadas em crimes cibernéticos em vários estados do país, sendo que um exemplo é a Delegacia de Repressão à Crimes Eletrônicos, no Espírito Santo.

Técnicas para se proteger

Existem atitudes que o gestor de tecnologia da informação pode tomar com o intuito de aumentar a segurança dos dados de uma empresa. Dessa forma, o negócio não se tornará mais uma vítima de hackers.

Ter um bom antivírus

O bom e velho antivírus ainda é uma ferramenta importante no ambiente de segurança da informação de uma empresa e compõe a linha de frente no combate às ameaças virtuais.

É fundamental para a proteção de seus dados que todos os computadores e demais dispositivos que estejam conectados à internet sejam munidos de softwares antivírus.

Fazer análise de vulnerabilidade

Em uma infraestrutura de tecnologia da informação podem existir diversas vulnerabilidades. Tais falhas são as portas de entrada utilizadas pelos invasores para cometer os seus crimes.

Por isso, é essencial realizar, constantemente, a análise de vulnerabilidades para encontrar brechas, de modo a corrigi-las e extingui-las.

Investir em antispam

O spam — mensagens indesejadas recebidas por e-mail — representa uma das principais maneiras de difusão de páginas de phishing pela internet. Geralmente, são utilizadas ofertas de produtos com preços muito abaixo do mercado ou mensagens que simulem comunicações de instituições financeiras e governamentais para induzir o usuário a digitar os seus dados.

Existem sistemas de e-mail que barram esses tipos de mensagem. Com isso, o usuário nem sequer tem contato com essa ameaça, diminuindo, assim, as chances de sofrer o golpe.

Fazer consultoria

Empresas especializadas em segurança da informação têm um know-how extenso no desenvolvimento e na implementação de políticas e sistemas para a proteção de seus dados.

Contar com a parceria de uma dessas instituições pode facilitar a escolha de tecnologias que atendam à sua demanda por segurança e permitam que a equipe de tecnologia da informação (TI) interna foque, exclusivamente, no seu negócio.

Investir em treinamento

O principal alvo de muitas das investidas dos hackers é o peopleware da empresa, ou seja, os seus colaboradores. Por isso, é imprescindível conscientizar os funcionários sobre a necessidade de permanecer atento o tempo todo para evitar ataques.

Para melhorar a visão dos colaboradores acerca dos ciberataques, considere investir em palestras, cursos e treinamentos sobre a temática. O desenvolvimento de uma política clara de segurança da informação também pode ser uma saída.

Infelizmente, os crimes virtuais no Brasil ainda vão crescer muito e, independentemente do ramo de atuação de sua empresa e o tamanho do negócio, é importante estar pronto para agir previamente para evitar os prejuízos causados por esses ataques.

Realizar uma análise de vulnerabilidade pode ser uma ótima forma de verificar problemas e tratá-los, evitando ataques. Por isso, leia nosso próximo post agora mesmo e entenda um pouco mais sobre esse assunto!